Entrevista a Mateus

Em primeiro lugar gostaria que fizesses um resumo em termos gerais do campeonato nesta 1ª fase?

Soubemos desde o princípio que não iria ser um campeonato fácil, mas sabiamos que iriamos passar, com tranquilidade, houve uma surpresa chamada CRECUS e isso só ajudou a criar uma série ainda mais forte do que esperávamos, o Beira-Mar em parte foi surpreendido e agora está onde está, em relação a nós, perdemos os dois jogos contra eles, mas no resto fizemos um campeonato positivo. Em relação à outra zona, não posso comentar porque ainda não vi nenhum jogo, mas já temos a experiência do ano passado e sabemos que são adversários muito complicados.

 

Em relação à participação e aos objectivos da nossa equipa, como os analisas até agora?

O nosso principal objectivo já o conseguimos, que era passar à fase dos primeiros, mas eu, como todos os meus colegas, ambicionamos sempre mais e vamos lutar por algo nesta fase e se formos campeões, então ainda melhor. Fizemos jogos muito bons, mas também fizemos jogos péssimos, nesta fase é “mata-mata”, em que não há espaços para derrotas, por isso temos que ser mais regulares.

Nesta última fase conseguimos rodar a equipa, ao contrário de outras, acho que conseguimos criar rotinas de jogo e isso é positivo, já mostramos que cada um sabe o lugar que há-de ocupar lá dentro.

Não esperávamos ter as infelicidades que tivemos, como saídas e lesões, mas resta-nos lutar com os que estão.

Não podendo escolher a própria equipa, que equipa considera praticar melhor futsal?

Pelo que vi até agora e sem menosprezar o CRECUS, na minha opinião é o Esgueira. Gosta de jogar bola no pé e isso é bom de se ver e os dois jogos que tivemos contra eles, em que perdemos o primeiro e ganhámos o segundo, foram os melhores jogos de futsal este ano, a nível de jogo e a nível de espectáculo.

Por uma razão não escolho o CRECUS, por não jogarem bola no pé, é certo que têm eficácia e estão em 1º e nenhuma derrota, se não me engano...se jogar assim dá resultado?Pelo menos deu nesta fase e por experiência, sabemos que o Luso no ano passado jogava assim. Na primeira fase surpreendeu todos e na segunda já nem tanto.

Quais as expectativas para esta fase dos primeiros quer em termos da sua equipa como em termos de campeonato?

As nossas expectativas nesta fase é pensar jogo-a-jogo, já conseguimos o nosso objectivo e agora é desfrutar, sabemos que temos boa equipa, mas temos consciência que vai ser um campeonato muito difícil em que temos de ser eficazes. Estamos confiantes que vamos fazer algo de positivo, mas para isso temos que o mostrar lá dentro e não cá fora.

De certeza que não vamos deixar mal ninguém, nem o Gafanha, nem as pessoas que nos apoiam.

Além disso, temos um objectivo que foi colocado e aceitado dentro do grupo que foi fazer algo de bom pelo Dias e entramos dentro do campo, com um objectivo extra que de certeza que nos vai ainda motivar mais.

 

Com uma série dos primeiros, das mais fortes dos últimos tempos, assumes que são candidatos ao título de campeão distrital?

Nesta fase toda a gente entra em pé de igualdade e nós não fugimos à regra, o que está para trás, já não conta, por isso todos são candidatos ao título, ninguém vai a uma fase do primeiros para se divertir, vai para ganhar, além disso, as equipas são muito iguais, no seu valor e no meu ver, vai ser dos campeonatos mais renhidos dos últimos anos.

Não queremos colocar pressão em cima de nós, pois já cumprimos o nosso objectivo , então vamos pensar jogo-a-jogo.

Mas também observando o historial do Gafanha, não podemos deixar de ser candidatos ao título, porque em todas as provas que entramos, são para ganhar e este ano não vai ser diferente.

 

Como achas que tem sido o trabalho feito e a evolução da equipa, até ao momento?

Olhando desde a pré-época até aqui, melhorámos e muito, no princípio não foi fácil, pois não rodávamos tanto de posições, foi um novo sistema de trabalho, mas acho que já estamos integrados nesse sistema e já não somos tanto uma equipa previsível, até agora conseguimos fazer experiências e vamos entrar numa altura de testes em que não há espaço para negativas, mas estamos preparados para tal, estamos desde Agosto, à espera desta fase e o trabalho desenvolvido desde essa altura serviu para a equipa crescer em todos os aspectos, de certo que todos estão melhores jogadores do que no início.

 

Agora que assumiste a braçadeira de capitão, como te sentes a liderar o grupo?

Sinceramente ainda me estou a habituar, não é fácil mudar de capitão a meio da época, na minha perspectiva isso é um assunto que tem que ser tratado no início, mas está decidido e ponto final. Vou tentar dar o meu melhor, sei que tenho melhorar em alguns aspectos e espero ser bem sucedido, para mim capitão nada muda, a vontade é a mesma e não por ter uma braçadeira no braço que vou ser melhor ou pior, sou o mesmo que era antes.

Por fim, deixa uma palavra de incentivo aos adeptos, para apoiarem a equipa nesta próxima fase…

Espero que nos apoiem do princípio ao fim e quem não quer, que fique em casa, prefiro ver 10 pessoas no pavilhão a apoiarem-nos do que 100 a mandar vir ou calados, aos que nos querem apoiar, espero que continuem a ir e um grande obrigado por não nos deixarem sozinhos, porque também são importantes, de tal forma que pelas outras equipas somos considerados uma equipa difícil, dentro e fora do campo.